capa da terceira edição - 2015
à venda no site da editora Clube de Autores
versão digital R$ 11,84
tradicional em papel - R$ 31,83
A primeira edição foi comentada no site de PNL O Golfinho
capa da primeira edição
ilustrações da autora
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Conheça um pouco do livro:
O
que você lê para seu filho?
Você já reparou como as crianças ficam
fascinadas pela história de Chapéuzinho Vermelho? Você começa a contar a
respeito de uma garotinha que morava próximo a uma floresta e tinha um
chapéuzinho vermelho e a criança parece estar meio distraída quando, de
repente, algo muito importante acontece, algo tão importante que a
criança até pára de respirar, abre bem os olhos e pergunta ansiosamente ‘e aí,
o que aconteceu?’. Pois Chapéuzinho Vermelho... desobedeceu à mamãe!
Chapéuzinho
Vermelho fez algo tremendamente perigoso e com certeza vai se dar mal. E agora?
É neste momento que a criança se identifica com a história, e passa a ser, ela
mesma, a Chapéuzinho Vermelho, a menininha que desobedeceu à mamãe. Toda
criança sente vontade de desobedecer à mamãe!
Outro
tipo de história apreciado pelas crianças é do ciclo do tolo: um rei possui
algo maravilhoso, uma fonte que canta ou uma árvore que dá frutos de ouro, a
por algum motivo misterioso, a fonte pára de jorrar ou a árvore perde seus
frutos. Os filhos mais velhos falham em resolver o problema e então o caçula
pede para tentar, porém o rei não lhe dá
atenção porque o considera tolo.
E neste instante captamos totalmente a
atenção dos pequenos, pois a criança com freqüência sente que os adultos não
dão importância ao que ela fala, pois a consideram muito tola!
As
histórias de fadas, na realidade, não estão falando sobre florestas e castelos
com objetos encantados, estão falando sobre acontecimentos muito mais
importantes do universo infantil: o que acontece com quem desobedece à
mamãe? O que fazer quando todos o consideram um tolo?
É
freqüente as crianças se defrontarem com complicados problemas morais ao fazerem
coisas sem nenhuma maldade: abrir uma mala, espiar dentro de uma gaveta, só por
curiosidade e pronto! O que parecia inocente de repente se transforma em um
drama, pois ela descobriu uma foto comprometedora, uma carta de amor, um
revólver... e agora? Se contar brigarão com ela e alguém que ela ama poderá
ficar em má situação; se não contar o peso do segredo a esmagará. Culpa, medo,
angústia, decepção, sentimentos de impotência são esmagadoras conseqüências do
que a princípio parecia só mais uma travessura.
Os
contos de fadas consolam as crianças e lhes dão pistas do que fazer quando se
defrontam com estes complicados princípios morais.
A
Caixa de Pandora é um mito particularmente útil para alertar crianças de
qualquer idade contra os perigos da curiosidade descontrolada. Com poucas exceções, como este e o do rei
Minos, os mitos são inadequados para as crianças, pois falam sobre o dever,
moldam o Super Ego, seu desfecho é trágico, punitivo, definitivo. Os mitos
são emocionalmente perturbadores, pois não oferecem esperança, servem para
inculcar a noção de dever e de submissão aos poderes maiores desta vida.
Um
alerta: há bons motivos para a violência e a morte nos contos de fadas.
Lembre-se de que os personagens destes contos são meros símbolos. Quando o Lobo
Mau ou a Bruxa Malvada morrem, é o Mal que desaparece. E se você resolve
modificar a história para que ela fique sem violência, e dá apenas umas
palmadas no bumbum do Lobo, e foge da
bruxa, você deixou o Mal à solta no mundo! A sensação de segurança que a
história dá à criança porque o Mal foi destruído acabou-se! Quando um herói
morre, como no caso de Os Tres Porquinhos, há um bom motivo para isso. Morrer
significa crescer, evoluir, o fim de um ciclo de existência. O porquinho, que
era bobinho, morre, quer dizer, cresce, pois surge o segundo porquinho, depois
o terceiro, que finalmente atinge a maturidade e é capaz de construir uma casa
de tijolos. Se você, como fez Wal Disney, deixa vivos os dois porquinhos tolos,
acaba com a mensagem de crescimento e evolução certa, embutida na história!
Confie na sabedoria popular. Para haver justiça no mundo infantil, os maus
devem morrer, os tolos também e o Bem deve triunfar magnificamente.
Há
outros fatores a serem considerados nos contos de fadas:
· são obras de arte, e estimulam o gosto pela
literatura.
· aumentam o vocabulário da criança, por
colocá-la em contato com palavras que ela não ouve no seu dia a dia: arauto,
palácio, carruagem etc
· ampliam a visão de mundo da criança,
colocando-a em contato com costumes de outros povos e outras épocas históricas
· a atenção carinhosa do contador de
histórias proporciona momentos gratificantes de intimidade, aproxima gerações e
dá segurança emocional à criança
· estimula a imaginação, a fantasia
Ofereça-se a oportunidade de compartilhar
momentos mágicos de alegria com seus filhos!
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